Aulas na “nova” Catarina Labouré agora não têm data para começar

Aulas na “nova” Catarina Labouré agora não têm data para começar

O desassossego de dezenas de pais que tinham filhos na creche Catarina Labouré, que fechou as portas, ainda não chegou ao fim.

É que cerca de 80 crianças que estudavam na Labouré ainda não têm data para voltar a estudar. O prédio da nova instituição que abrigará essas crianças, após o encerramento das atividades da Labouré no fim de 2022, ainda não possui a autorização formal de ocupação do imóvel fornecida pelos bombeiros.

O prédio da nova creche, batizada de Ivette Atallah, vem recebendo diversas adaptações e reformas para poder acolher uma instituição de ensino infantil. O imóvel, alugado, não foi construído para esse fim, mas para o de moradia.

O chamado AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) é um documento que atesta que uma edificação atende a todas as exigências de segurança e prevenção contra incêndio. Uma pré-condição para a ocupação do prédio da nova escola, que fica na rua Brigadeiro Jordão, 401.

Assim que esse documento for emitido, um engenheiro da prefeitura fará uma vistoria final no imóvel e, em caso positivo, autorizará definitivamente o começo das atividades letivas.

É o segundo adiamento do início das aulas anunciado aos pais pela DRE (Diretoria Regional de Ensino) Ipiranga, braço da secretaria municipal de educação na região. O comunicado foi feito nesta sexta-feira (10) por nota.

Na rede municipal, os alunos retornaram às atividades no último dia 6. 

Nesse dia, em reunião de apresentação aos pais da creche Ivette Atallah, gerida pela associação Sírio-Libanesa em parceria com a prefeitura paulistana, justificou-se o adiamento com reformas que não puderam ser concluídas e prometeu-se o dia 13 como novo começo.

Pelos pais, o novo atraso foi recebido com um misto de raiva e decepção. Alguns se prontificaram para retomar trabalhos a partir da próxima segunda-feira (13), com os filhos de volta à escola, mas agora não terão com quem deixá-los. Outros suspeitavam de que a reforma não se encerraria a tempo do prometido.

Esses últimos pais já trabalham com o retorno dos filhos apenas em março, na semana seguinte ao Carnaval.

O desassossego desses pais se iniciou na última reunião escolar de 2022, quando as gestoras da creche Catarina Labouré, as irmãs vicentinas, comunicaram que a creche estava fechando. Os pais foram os últimos a saber.

Desde então, começou o périplo deles em busca de respostas e garantias para o futuro dos filhos. Um caminho pedregoso.

Ao menos colegas dos filhos também migraram para o Ivette, assim como profissionais da Labouré, incluindo professores, o que deverá favorecer a adaptação. Promessa de alguma paz.

 

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